Esperança do Espírito

Hoje é dia de observar
É dia de agradecer
Com olhar alegre e cheio do Espírito
A beleza do que já foi vivido

Agora olhe a sua volta
Veja quem sempre esteve ao seu lado
Valorize o que foi conservado
Contemple o que lhe foi dado

Não porque a vida é bela e a tristeza passageira,
Mas por que tens uma inspiração verdadeira
Acredite que a fé é nossa amiga
E a esperança nossa companheira

Pense na benevolência, pois exige prática
Observe quem tem mansidão
Sinta o mover do Espírito na Palavra
E se deixe levar pelo coração

Página em Branco

a-cor-do-invisivel

Se pessoas fossem livros
Não mudariam a capa
Acordariam uma página em branco
Escreveriam uma vida nova
Dariam novos rumos às suas histórias
Abraçariam essa oportunidade
Consertariam os erros da mocidade
Salvariam-se a si mesmos,
Mas perderiam a chance de errar
E aprender com as quedas a levantar

Homenagem ao nada Invisível, Mário Quintana

A Tecnologia do Invisível

A insistente preguiça desistiu
A pia lotada de vasilha incomodou
Peguei o bule de café
Dei as costas, comendo torrada em pé
Diminuí a música que ouvia
Enquanto resmungava a pia
Busquei em um site
Uma maneira mais fácil
Logo apareceu uma lava louça
Mas para uma pessoa?
Deixei a pia para outro dia
Acordei no dia seguinte
E algo estava errado
Pois a cozinha estava impecável
Esqueci que não morava sozinha
E percebi que tudo fiz conectada
No tablet, no zap e fone de ouvido
E a pessoa que morava comigo
Ouviu os resmungos delas
Vivo nas nuvens da tecnologia
E as pessoas que para mim existem
Estão nas telas e não nas panelas